domingo, 23 de dezembro de 2012
Rubro/turvo
Quando se consegue o silencio e a solidão tão necessários para imergir e sentar-se enfim à frente do cavalete que te espera tranquilo e a tanto, é impressionante o que um acorde de um violão do cd deixado sem intenção (de atingir), pode fazer. Um punhal, solavanco no peito que vai ecoar lá na garganta, a estreitar...E sem dó, vem outro acorde e outro e outro. Inevitável sonhar....
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Arte Estilo & Criatividade..... by Priky: Singularidades...
Adoooooooooroooo!
Arte Estilo & Criatividade..... by Priky: Singularidades...: Pequenos detalhes, singulares e charmosos... (idéias e imagens by Priky) ...
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
O conto que só conto por ser meramente conto....
Era uma tarde de sexta.Um dia comum para o
quitandeiro, jornaleiro ali na esquina.Para os funcionários do metrô da
estação, do Parque, da Galeria da Luz...
Seria também para ela se no dia anterior um forte
cansaço não a tivesse deixado de cama, interrompendo uma sequencia
cuidadosamente planejada...
Naquela sexta , algo já anunciara o
dia incomum. Como tão dolorida, fraca a ponto de não abrir uma garrafinha
pet de água no dia anterior, alguém levanta tão disposta e forte a ponto de
dispensar inclusive a companhia do marido que ali estava tão somente para
ajuda-la em mais uma de suas loucas jornadas em busca do conhecimento
tão acessível em seu lugar comum, porém tão mais vibrante quanto mais
longe pudesse estar (desse lugar)? Sob os olhos atônitos do companheiro, os
seus, mais decididos que nunca, seguiram em sua jornada enquanto esperta,
deixava para trás as funções bem distribuídas para que ambos pudessem
estar plenamente ocupados (aprendera com ele e agora usava a seu favor). Antecipando sua agenda ,fazendo com que se
dividissem para recuperar o tempo perdido, desgarrou-se...
O moço, aparentemente tranquilo, costumava enciumar até de um papel de paredes que chamasse mais atenção , ainda que por um segundo, se nesse momento ele estivesse com a palavra, como poderia acompanha-la?
Vendo tamanha angustia do dia perdido, do horário não cumprido,
como poderia buscar as respostas( com ela) se não haveria como faze-las, por conhecer seu incomum e forte traço de frustração e nada de artes? Deixa-la ir - o melhor a fazer....
Sem saber como encontrar sozinha o que a impulsionava, com a quinta desmarcada ( e perdida), vencida, seguiu com toda nenhuma certeza nas mãos e uma confiança incomum para alguém cheia de inseguranças e com muitas limitações.
O moço, aparentemente tranquilo, costumava enciumar até de um papel de paredes que chamasse mais atenção , ainda que por um segundo, se nesse momento ele estivesse com a palavra, como poderia acompanha-la?
Vendo tamanha angustia do dia perdido, do horário não cumprido,
como poderia buscar as respostas( com ela) se não haveria como faze-las, por conhecer seu incomum e forte traço de frustração e nada de artes? Deixa-la ir - o melhor a fazer....
Sem saber como encontrar sozinha o que a impulsionava, com a quinta desmarcada ( e perdida), vencida, seguiu com toda nenhuma certeza nas mãos e uma confiança incomum para alguém cheia de inseguranças e com muitas limitações.
Durante toda manhã cumpriu as obrigações
anteriormente marcadas.Parecia já saber o que a esperava.O fato de faze-lo sozinha porém, era avanço certamente, poderia gritar, até, num canto qualquer...
Na faculdade em questão, local primeiro e motivo maior da viagem, tudo conversado, nada feito.tentou de todo efeito, negociar aulas mensais, em vão...
Para frequentar o curso, a especialização, que fora matricular-se era preciso estar semanalmente presente, o que seria impossível.Teria que abrir mão de coisas muito delicadas e colocar-se em primeiro plano nunca foi opção. Naquele momento uma vaga lembrança da "dor de quinta" tentou se chegar na intenção cruel de abate-la, mas ela estava ali e precisava fazer dar certo. "Ok! Sigamos...Essa não é a única, pois não?Volto matriculada daqui. Sim, acontecerá!"
Os artigos científicos estão por aí, pululantes, em escaninhos de universidades e no mundo virtual, mas ela queria o presencial, o palpável, o contundente, a direção dos outros para tomar a sua.
Para frequentar o curso, a especialização, que fora matricular-se era preciso estar semanalmente presente, o que seria impossível.Teria que abrir mão de coisas muito delicadas e colocar-se em primeiro plano nunca foi opção. Naquele momento uma vaga lembrança da "dor de quinta" tentou se chegar na intenção cruel de abate-la, mas ela estava ali e precisava fazer dar certo. "Ok! Sigamos...Essa não é a única, pois não?Volto matriculada daqui. Sim, acontecerá!"
Os artigos científicos estão por aí, pululantes, em escaninhos de universidades e no mundo virtual, mas ela queria o presencial, o palpável, o contundente, a direção dos outros para tomar a sua.
Em menos de meia hora estava na Estação destino.
Atravessou a rua , tomou um café, desprendeu-se corajosamente do seu mundo e
entrou no prédio suntuoso que guardava preciosidades diversas e já
íntimas de sua jornada.Mas antes de entrar, observou o quão estava convidativa a luz no parque e sacou a inseparável máquina da mochila . Fez algumas
fotos sentada na mureta de canto, depois mais umas do alto do coreto e como o
clima era convidativo,não se conteve, recostou-se na imensa raiz de uma
imponente árvore e observou mais alguns pequenos detalhes a serem
registrados.Um casal que ali posava , pediu sua ajuda e foi prontamente
atendido.Uma linda foto abraçando a tal árvore que de tão grossa, não
conseguiam alcançar as mãos, foi a intenção e achou que ficou bem
bonito.Simbologias...
Atenta até, mas focada no objetivo maior,
seguiu em busca e fome dos livros que procurava, sem esperança ou direção.
Vários corredores e caminhos errados, um depoimento com sugestões em uma
cabine aberta a visitantes e algumas grandes obras pelo percusso,
encontrou o espaço desejado. Com uma certa ansiedade e os planos do curso
cancelados, começou a procurar um arquivo, livro ou apostila, um
documento histórico qualquer que norteasse seus estudo, suas idéias. Foi
quando sentiu um calor diferente, uma coisa que vinha de perto e não era sua
mas perturbava, pela insistência. Pulou uma seção, a sensação a
acompanhou, pulou a segunda.Estava enfim sendo seguida.Parou...
Os olhos, numa estranha tabela reluzente,
explorando a visão angular, ficaram atentos.Com uma mania que sempre lhe foge ao controle - de falar com os olhos, sabia que se olhasse diretamente
para o estranho , desencadearia o assunto.O que foi inevitável......
-O que procura?
-Trabalha aqui?
-Mais ou menos, mas...o que procura? Passou por
todas as obras ignorando inclusive o artista a expor e explicar seu trabalho ali no salão e veio direto a biblioteca, posso ajudar?
-Pode!
- Seu nome?
-Incerteza, busca...E o seu?
-Eduardo...
-Você já sabe que busco algo que não é o comum desse
lugar.O que mais você sabe?
-Que o quer não está aqui.
-E onde está?
- Em uma mesa do café , lá fora, no lado que dá para o Parque...
- Em uma mesa do café , lá fora, no lado que dá para o Parque...
-Não posso...Você vem me seguindo de lá? Estava no
café?
-Te disse meu nome, você não me disse o seu e
estou arriscando...
- Também disse que trabalha mais ou menos aqui e
parecia observar mais a mim que as obras e o artista que ignorei.Não tenho
certeza.Por que não conversamos aqui?
-Conversar na biblioteca? Você passou pela livraria, ignorou
todos os livros que tocou.Sequer olhou orelhas ou preços.Você não procura livro e sim
um caminho.O que quer não está escrito, está por escrever.E sim, observei
desde que começou a tirar as fotos, pois a página 19 do livro que
abristes diz que a "beleza foi feita pra ser roubada..."
- Crime? - Perguntou deixando fugir meio sorriso ( cínico)
- Sim , talvez.Estava a roubar a beleza da arquitetura divina. - E sem parar, como
se precisasse segura-la ali a todo custo, prosseguiu: Você é fotógrafa
amadora ou profissional? Não tem medo que te roubem essa máquina? Não há
seguranças naquele parque....
- Não pensei nisso...Nossa! O que quer saber
primeiro? Não sou fotógrafa.Gosto de paisagens e hoje , apesar de já ter
visitado o parque outras vezes , a luz está extraordinária e sou amadora.A que livro se refere?
- O que teve nas mãos e também ignorou.Na
livraria...
-Você é um galanteador? Um conquistador
profissional? Um caça leitores confusos? Em que prateleira,?Que seção?
-A certa!A que você desviou com medo de mim.Você
gosta de arte?
-Gosto!
-E o que busca se está tão absorta em um ambiente
tão rico em arte?
-O tempo me pressiona!Muita coisa, pouco
tempo.Ainda me sintonizando,creio.Conhecendo o ambiente, que já conheço por
diversão mas... agora o que me traz aqui é mais complexo.
-E ignorando obras e artistas...
- Não entendo sua insistência, não vim atrás do
artistas , nem de ver suas obras. Tampouco sabia dessa exposição. Estou atrás
do que não encontro em livrarias e bibliotecas convencionais nem aqui, muito menos na minha terra...
-Bibliotecas convencionais.Essa biblioteca é mais
confusa que as convencionais.Talvez eu possa te ajudar.O que realmente busca?
-Conhecimento. Mais!
-Pra quê?
-Você é perspicaz , atento, inteligente, astuto e
seguro.Tenho medo disso!
- Tudo isso?
-Até agora...
-Me dá teu e-mail, sinto sua angustia e pressa em
não estar aqui....
- Ainda não achei o que vim buscar. Se sair sem uma
vaga ideia do que procuro, essa viagem será a mais frustante que já fiz.A minha
manhã não foi das melhores.O dia de ontem , menos ainda. Preciso fazer valer o
que investi.
-É que veio impulsionada pela vontade de buscar
, mas não sabe exatamente o que procura.Ignorou tudo, inclusive o artista que
acaba de abrir a exposição.Não observou as obras.Abriu e fechou livros
mecanicamente, não se ateve a nenhum e não para de olhar o relógio.
- É prudente não passar das 17:00 aqui. Sigo as
normas.
-Quem fez as normas?
-Meu marido.
-Agora compreendo a recusa para tomar um café. Por
quê não usa aliança?
-Está na minha bolsa.Medo de assalto! Recusaria se
fosse solteira, não sou imprudente e não vim até aqui pra fazer
amigos.Aqui é lugar individual, de silêncio, de reclusão, para descobrir,
imergir....
- Mulher firme, não parece tão insegura agora.-
Responde respeitando o espaço e dando o passo para trás.
-E o livro?
- Procure!Você gosta de procurar, de pesquisar.É curiosa!
- Procure!Você gosta de procurar, de pesquisar.É curiosa!
- Já me disseram isso várias vezes. Busco
conhecimento, especialização, portanto preciso de praticidade e não de....
-Especialização? Se fosse você iria direto ao
mestrado.Vi seu depoimento na cabine e suas sugestões para a casa
também.Atrevida, você! Chegou mandando (ver). Bate e aponta soluções inviáveis.
- Inviável é ponto de vista.Dificuldade é pra quem
não tem vontade de quebrar paradigmas desbotados.
- Um conceito ousado que vai contra a politica do
local, moça. Quer quebrar protocolos!Tem problemas com regras?
-Depende...Insubordinada no que não vejo sentido.
Minha opinião não deveria ferir seus brios e sim ajuda-lo.Não sou preparada,
reconheço, mas sei identificar onde faltam pequenas coisas de grande relevância A mesmice me incomoda.Entende agora porque passei por todas as
mesmas galerias sem parar?
- O artista em início de carreira e expondo logo ali não é "novo" pra você?
-Não entendo sua preocupação com o artista. Estou
em busca de embasamento teórico.
- Eu também era assim, como você. Isso passa!
-Passou pra você! Isso não é regra.
- O que você faz aqui além de seguir pessoas?
- Qual é o seu nome?
- Quem é você? ( e um duelo se instalara, no melhor estilo "ping-pong".)
- Seu nome e digo quem sou.
- Sem nomes então!E o livro? Em que seção?
-Na que você também ignorou, assim como me esnoba.
O que procura não achará aqui.
- Já encontrei.....( já bem irritada)
-Ei...Calma! Posso te ajudar...Toma o e-mail, vou
anotar...
- Sabe que não te escreverei, não sabe?
-Sim, seu sei, mas.....o dia seguinte é o dia
seguinte.
- E o livro?
- Por ser filosófico a capa não lhe atraiu.Mas como
dizem, não se julga um livro....blah, blah blah.Sua agonia por respostas,
repele qualquer conteúdo filosófico, mas é necessário.Se ler sentirá o quanto
valerá na sua 'busca'.
-Gozavam de você assim também, quando estava na
sua?
-Não.Minha busca foi solitária.Como a sua estava
até antes de me perceber.
- Você é sarcástico e nesse momento no qual eu já
poderia estar concentrada, não me ajuda, nem se vai e me deixa procurar.
- Como se chama, senhora irritada?
- Busca!E não estou irritada. Quem é você?
- Encontro!
-E o livro? - Ignorando a tentativa poética do
conquistador filosófico-psicologizado.
-Volte por onde veio, abra novamente os
livros que abriu sem pressa e se puder, antes de sair, avalie minha obras
e me diga o que achou por e-mail.- agora num tom mais suave e seguro, que a fez mudar as feições rígidas.
-Nossa, me desculpe! Eu não sabia....Você é o
artista. Me sinto péssima, me perdoe de verdade!- Responde desarmada.
- Estou brincando com você, menina.- E se afasta,
sorrindo...
- Não tem graça!
- Eu sei!- Responde já dando as costas, vencido e prossegue - O
livro lhe mostrará o caminho. Leonardo é cansativo, talvez, mas é inegavelmente um grande mestre.
- Farei o que disse.Obrigada ! - Respondeu vacilante.Já
não sabia direito quem era o jovem senhor.Não conseguia entender a situação que
se instalara.Sentia medo e curiosidade ao mesmo tempo.Tinha realmente pressa em
não estar e desejava ficar, parar o tempo, mais que nunca.E ele que tinha tanto a dizer, por sabe-la e ela a ouvir, mas, petulante, por medo talvez, perdeu-se...(Mas que droga de regras!) Era como o vazio instalado, como um zeugma gritado, mais um trem que passa.Um norteador, ali - a melhor Faculdade (mental?) - como se... um enviado...
- Desejo sorte! Se gostar do livro sugiro que
compre.Valerá a pena! Agora me dê licença, preciso voltar aos meus
'convidados'.Foi um prazer , Sra. 'Busca'?- E se vai com um sorriso terno e a certeza clara de que receberia o e-mail com as opiniões.
- O mesmo Sr. ....... Eduardo? Obrigada mais uma
vez!- Responde já completamente aturdida.E volta, como combinado, prateleira
por prateleira, em busca do tal livro.
A exposição era um sucesso.As peças eram
intrigantes. O memorial descritivo de uma estranha instalação era completamente incompreensível para uma simples aprendiz.Percebeu naquele momento que não só precisava do que fora
buscar como também atualizar-se. A arte contemporânea está aí , não pode e não
deve ser ignorada.Como também era impossível ignorar que todo mistério contido
naquele senhor, estavam ali, presentes em suas peças.Não eram complexas, eram
profundas, apuradas.Levaria tempo.Mas havia um foco e finalmente o livro
estava em suas mãos.
-Quanto custa?
- R$ 39, 00.
- De quem é a exposição que está começando hoje?-
Arrisca nervosa.
- Não há nenhuma exposição começando hoje. A mais
recente está aí a uma semana...
- E o artista? - Pergunta agora completamente
confusa.
- Vem aqui vez ou outra para sentir as pessoas,
como elas se comportam em relação as suas peças. Está por aí hoje...Estava aqui
agora a pouco...
- É , eu sei...
E abraçada ao livro, como quem abraça um escudo,
louca por ver a página 19 antes de tudo , volta para casa estranhamente feliz ,
para e olha a árvore pela última vez e de lá tenta adivinhar em que mesa do
café logo em frente, o moço a observava e nesse momento,um frio lhe correu a
espinha.Era a hora de partir.
Se o intrigante artista mudou sua forma de pensar,
acho que não.A Síndrome de Gabriela era fardo do qual jamais se
livraria embora a teimosia a fizesse insistentemente nadar contra a corrente
todos os dias. Mas com toda certeza mudou completamente sua forma de buscar....
O e-mail sobre suas impressões quanto as obras do
jovem e solicito artista? Melhor não.Cadê conhecimento para tanto?Como bem disse: "Leonardo ensina!" A página 106 do
tal livro 'desbravador' discorre sobre a tragédia, o diletantismo e logo em
seguida (na 107) está escrito:
"chi non può quel che vuole quel che può voglia"..........................................................
E no fim de tudo Eduardo não assinava com esse nome portanto, empatados!
Mais um presente ( maravilhoso) deixado na porta...
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Ykeira
Vai sem eira
Sai da beira
à sua maneira
Sobe o morro, desce a ladeira
enfrenta o dia, a vida
Seja sempre você, faceira
Lute, persiga, prossiga, encontre
Vai sem medo
Queira........
Vai Ykeira
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Um conto meio que de canto....
Estava tudo quieto como de costume desde quando se instalara aquele clima nada ameno, desconfortável. A sombra da desconfiança pairava sem trégua e o disfarce da indiferença era agora a máscara de todos os dias.
Sem os óculos e com a luz que se podia aproveitar , ensaiou abrir mais uma vez a cabeça para deixar se levar pelas palavras de Ortega. Sim , aquele que disse: " quando não há alegria, a alma se retira para um lugar do nosso corpo e faz desse seu covil". Ela gostava do silêncio e de pouca luz. A seu modo , aquele estado se traduzia em paz.
O livro enfim prende a atenção, e a confusão dos pensamentos debochavam de sua mente. Enquanto forçava a vislumbrar Pieve di Cadore , era Verona que vinha à tona ,que a assaltava....
Ele deve tê-la chamado uma vez ou duas ,mesmo a contragosto , ela não ouviu.Alcançara naquele momento , um nível de concentração necessariamente cômodo para que pudesse restabelecer o equilíbrio na dose exata para suportar o resto do dia. Foi quando ele resolveu aproximar-se e tocar-lhe o ombro. Num ímpeto silencioso (rápido) e enlouquecido , ela se vira já de pé e quase subindo na mesa de leitura. Ele a fita assustado com a reação e por instantes pensa em perguntar o porquê mas se contém, afinal, são desafetos .Por alguns segundos se olham em silêncio e seus olhos nos dela , no olhar assustado dela e na forma com que se prende à mesa , desarmam. Ela se recompõe, ele não. Está incrivelmente encantado com a vulnerabilidade naquela mulher sempre tão insubordinada, cheia de si.
Ia dizer apenas " Até logo! Estou indo! " mas aquela atitude tão brusca, inesperada fez com que contivesse as palavras e um sorriso triunfal tomou seu rosto como quem pensa: ela sente! Não é tão forte , afinal.
Nesse momento (ela) , com os seus cerrados numa ultima tentativa de blindar-se, pergunta o que ele quer, tentando em vão controlar o tom na voz.
- Eu? Nada ! Nada mais. Você já me deu tudo. - E sai.
O página é marcada juntamente com um longo suspiro.O livro é fechado , a luz apagada na porta trancada por detrás dela.
Nada mais a dizer além de pensar em como levar os dias seguintes, pensamento esse que lhe fez enrubescer, esquecer inclusive onde havia estacionado o carro, parar no meio do nada e agora pensar mais em nada....
Precisa de pausas. Precisa estar só. Precisa sair dali o quanto antes.
"O carro, graças a Deus!"
Liga o som numa última tentativa de sedar-se e a música entre 156 queimadas no cd é Divano..........
Precisa de pausas. Precisa estar só. Precisa sair dali o quanto antes.
"O carro, graças a Deus!"
Liga o som numa última tentativa de sedar-se e a música entre 156 queimadas no cd é Divano..........
sábado, 3 de novembro de 2012
Por nada
Uma vala (necessária) se abriu
Busquei por um tempo em desespero (a tatear)
Perdida lá , no escuro e em vão , cansei
não achei sequer a mim quanto mais razão ( continuar?)
O que era escuro, vazio enfim se tornou
E tomou conta de todo o lugar
Não toque! Não fale! Sequer acene!
Por penitencia será eternamente assim...
A escolha incerta pra sempre- a ferida aberta
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Pele
Assim do nada, apareceu
passou e o perfume ( aquele) ficou
Onde estou? Aqui deixou de ser hoje?
Esse perfume, ele mora no passado
como ousas usar algo sagrado?
Só à minha memória pertence
à minha sede, ao meu desejo guardado
do beijo que não pedi
aquele que me foi roubado....
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Das músicas que já nem ouço mais, mas........
Tu me disseste,
Que te esperasse,
Que em breve tu virias,
E tu voltarias, para o meu amor,
Por quanto tempo,
Eu já nem sei,
Alegre te esperei,
Guardando pra teus lábios,
Todo meu calor.
Como não vinhas,
Me entristecia,
Quanto mais te esperava,
Quanto mais eu sentia,
Que te perdia,
A ilusão é tão linda,
Que mesmo a mim me enganando,
Eu te esperei,
Eu te esperei,
Por uma noite ainda.
Eu te esperei então,
Mais uma noite em vão,
Mas trago em meu rosto,
O amargo desgosto,
Da desilusão.
Cid Ribeiro
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
A ferro e fogo
E pulsa alto agora
buscando como um cão (em vão)
Fuçando para os lados e dentro pra fora.
sob a a lua que rege a ausência da razão.
E pulsa machucando o peito
Por total direito de enlouquecer
descompassa ao passar das horas
tateando o vazio , o medo
E invade a noite, lento e em brasa
Sem pausa, sem dó, sem querer
Gritando sem voz, num silêncio feroz
desses de ensurdecer...........
E pulsa sem dó nem piedade
sem pedir licença para sofrer
Tateando e a massacrar com a verdade
Um coração que precisa em si, conter
E se a si queria enfim , provar
eis o castigo que agora se instala
na mente intranquila a matar
O BEM, bem devagar..................
domingo, 9 de setembro de 2012
No varal , peças que remetem a quintais de nossas melhores lembranças.
Vila Madalena
Um lugar de boas idéias
bonito
criativo
aconchegante
diferente
diversificado
feliz
de arte
de artistas
de nem sentir o tempo passar...
POETA EM SOL MAIOR - Homenagem a Luiz Gonzaga
Se existe uma coisa que toque mais fundo um coração sensível que o piano, me mostre. Se existe um pianista que me emocione mais que Rodrigo Melo, estou por conhecer. Aqui nesse vídeo, sinto orgulho do grande músico envolvido no projeto. No cd desse moço tão talentosos que tenho em casa, me encontro, viajo...
Mas sobre isso, falo na próxima postagem.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Das músicas inesquecíveis....
Jardim de Infancia
No jardim da minha infância vi crianças
Violetas, orquídeas e jasmins
A valsa do pequeno realejo
Mas ninguém tão triste assim
Vem cá menina triste, vem, vem me contar
Porque é tão triste o teu meigo olhar
Será porque não vê o paraíso
Do meu jardim, do meu jardim
O pulo da amarelinha
A roda que girava em cor
E o jardim da capelinha
Perto do coreto em flor
A rua cheia de confete e serpentina
Onde uma menina a bancar colombina sorriu para mim
O corre corre no pega que pega
Do ajuda ajuda que não teve fim
Menina se você soubesse
Quanto me entristece vê-la triste assim
Queria te dar uma rosa com você na roda deste meu jardim
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
A rua cheia de confete e serpentina
Onde uma menina a bancar colombina sorriu para mim
O corre corre no pega que pega
Do ajuda ajuda que não teve fim
Menina se você soubesse
Quanto me entristece vê-la triste assim
Queria te dar uma rosa
com você na roda deste meu jardim
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
Ronnie Von
Violetas, orquídeas e jasmins
A valsa do pequeno realejo
Mas ninguém tão triste assim
Vem cá menina triste, vem, vem me contar
Porque é tão triste o teu meigo olhar
Será porque não vê o paraíso
Do meu jardim, do meu jardim
O pulo da amarelinha
A roda que girava em cor
E o jardim da capelinha
Perto do coreto em flor
A rua cheia de confete e serpentina
Onde uma menina a bancar colombina sorriu para mim
O corre corre no pega que pega
Do ajuda ajuda que não teve fim
Menina se você soubesse
Quanto me entristece vê-la triste assim
Queria te dar uma rosa com você na roda deste meu jardim
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
A rua cheia de confete e serpentina
Onde uma menina a bancar colombina sorriu para mim
O corre corre no pega que pega
Do ajuda ajuda que não teve fim
Menina se você soubesse
Quanto me entristece vê-la triste assim
Queria te dar uma rosa
com você na roda deste meu jardim
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
pra ver o seu olhar tristonho
embalar meu sonho que é te ver sorrir
Ronnie Von
quinta-feira, 5 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
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