sábado, 31 de março de 2012

Do simbolismo


                                                                                                   La Danaide
Rodin
Rude
Auguste
Augusto
Agosto
À gosto....
Massa de pão (duro)
Rústica divina (Comédia)
Portal do Inferno
Impressionista
De luz natural.....

quinta-feira, 29 de março de 2012

Silencio cúmplice




Silêncio Amoroso 


Preciso do teu silêncio cúmplice sobre minhas falhas.
E se eu abrir a boca minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo, pode construir. É um modo
denso/tenso - de coexistir.
Calar, às vezes, é fina forma de amar.
Não fale.
Um sopro, a menor vogal pode me desamparar.




Affonso Romano de Sant'Anna

sábado, 24 de março de 2012

Na Estação...



Por que o beijo vem antes?
Porque é quando as almas se apresentam ou se reconhecem.É a menor distância possível.

Um professor de Estética e Teoria da Arte dizia que quando dois corpos  se completam e adormecem juntos (na mesma cama) , na madrugada as almas permanecem unidas. Eu discordo - Isso acontece no beijo. O beijo define a compatibilidade.
Se o sexo é importante? É,  e só faz bem... Mas é o beijo que sinaliza como e se a coisa vai rolar. 
Atemporal , permite estender , conforme  uso habitual e irrestrito, a paixão que é finita .Como o fogo, que queima muito mas por muito pouco tempo.

Sempre digo as amigas que me pedem conselho que se os olhos descem direto ao busto ou a boca direto à nuca, a relação tem tudo pra ser vazia. Mas o cara quer teu beijo, ele quer te conhecer também e é democrático, os dois saberão. É o momento em que silenciar ( e bom se demorar) pode ser mais importante e revela o que muitas vezes é difícil colocar em palavras. Sintetiza. Esclarece.Anula tempestade mental, muda o tom.

Química sim, o beijo libera ocitocina que estimula e atiça os sentidos.Que mostra se há compatibilidade.Dopamina , neurotransmissor que capta inclusive se a coisa vai durar ou não - vício benéfico. E agora brincando, não é alopático e no entanto tem o mesmo efeito da morfina. 
Aceito, os cinco sentidos aguçados e em pleno contentamento, o coração dispara e uma sequência de coisas acontecem ( e que sequência...).
O beijo é entrega maior, é mais íntimo que o sexo e mais profundo.É alma nua. Há dois  também, só que  ao mesmo tempo. Pode estar em qualquer lugar.É permitido, é de domínio público e infinitamente particular.É lícito!
O que vier depois depende do beijo.
O beijo é triagem espontânea , sem caráter de teste, de racionalidade.

Ah, esse papo aí?

Conversa entre cara que gosta de química e artista  (que não gosta). Cara que gosta de química quase não falou, 'plastificado' , porque a conversa era sobre outra química. Nem lembro mais da tabela periódica, muito menos me interessam outras formulações ou ainda moléculas que se quebram por aí o tempo inteiro. Ele não gosta de arte. Mas como dizem por aí : "os opostos............fazem o quê mesmo? Beijam mais e conversam menos sobre desinteresses comuns. 'Função gaiata - [[[ativado]]]'

Vamos falar sobre a química do olhar ? Ah, dá não! Os meus reagem, vão sempre ao chão. Melhor maneira de mantê-los em silêncio. O silêncio protege tudo, inclusive o olhar , que fala muito.



Não me agrada que tragam as leis de Warrington Bank Quay ou  Kuala Lumpur para dentro de mim.
Promovendo a 'transgressão' pois a vida e uma sequência (intensa) de chegadas e partidas .A magia está nos intervalos...




"Se ainda assim não despertara de tamanho sono
agora enfim conseguirá  ao menos enxergar
Que  adormecido na verdade, estava meu peito
e a tempos não quer se entregar
Entrego-te a força  ( e o peso) do abandono 
que ao perseguir esqueceu de abrandar
Equilibrar-te-ias entre pedras e zelo (e talvez salvasse)
o corpo e a boca que nada falava, que resignava
e só queria em teus lábios chegar.
Mas se outrora renitente (e no silêncio), agora grita
precisa de mim, de coragem, de  sarar
Liberto-me então do castigo  imposto
E naquela  estação não se fala em dono
o trem passa e a vida confronta
Podes ai entre bravatas inúteis, inquerir
mas é bom  começar também a  'beijar'
Verbo transitivo/regular "



terça-feira, 20 de março de 2012

O Chapeleiro





Eu tava passando e a loja chamou....
Naquele momento me transportei de imediato para o mundo de Lewis Carrol. Tudo ali, do detalhe do lado direito : algumas bandeja de prata onde se lia "estive aqui", já davam sinais de um lugar acolhedor, que gosta de manter o passado vivo e que valoriza os amigos e visitantes nas frases de orgulho e carinho pelo ambiente. Demorei pra entrar porque o show começo fora.Muitos detalhes , peças raras, coisa que só se vê em museu ou amostras vintages. O sentimento antes mesmo de entrar era de saudade, de ser transportada ao passado e ainda sequer entender o que era de fato a loja.

A mãe do Chapeleiro nos recebeu com tanta tranquilidade e nos deixou tão à vontade que parecia que iamos ali frequentemente, que já se tornara natural, só que era a primeira vez e a cada passo me encantava com mais e mais coisas que apareciam diante dos olhos, me dando uma nostalgia boa e uma admiração impressionante porque a loja é tão rica e tão repleta de passado e coisas raras e incríveis que vc não dá conta de olhar tudo.
Os chapéus, as cartolas, as boinas , os quepes, nossa... É tudo de uma elegancia e ao mesmo tempo de uma descontraçãoA ambientação conteporânea e de época , que para ver e sentir tudo , eu passaria horas.



Enfim entrei na primeira sala e me encantei de cara com os chapéus porque você percebe que pelo material empregado, tem uma história por trás . Um deles (na foto) olha que incrível: é feito a partir de uma trama, um trançado de fitas cassete e daquelas fitinhas de Senhor do Bonfim. Esse tecido, essa trama veio de Fortaleza, para que nas mãos mágicas do Chapeleiro, virasse essa maravilha de chapéu.


Depois de todo o trabaho minucioso de entrelace das tiras e fitas, o chapéu confeccionado com um cuidado. Por mais que olhasse em volta, não dava conta da metade do que tinha ali entre decoração, objetos de arte e chapéis e peças com alto padrão de qualidade.
A história do Du Heolic, foi contada ali, rapidamente pela mãe incrivel dele a quem chama carinhosamente e com certo (imenso) orgulho de Chapeleiro, nunca pelo nome.
Naquela loja eu senti tantas coisas diferentes e que me tocaram que depois da pequena história contada pela mãe, eu sabia que algo em mim mudaria também. Então já na segunda sala, e percebendo com cuidado a história de cada chapéu ( todos ali tem uma história, uma materia especial ) enquanto a mãe atendia o telefone, não pude deixar de ouvi-la dizer que ele estaria na loja na manhã seguinte.

Vendo ali as estrevistas, a espontaneidade e a paixão do Durval pelo que faz e pelo pequeno grande imperio que construiu apartir de uma paixão , de um sonho pessoal, não tive como não pedir para conhecê-lo e foi o que fiz: Voltei no dia seguinte. Gente, o moço já passou por várias entrevistas.É a loja mais conhecida da Vila Madalena e mesmo assim, é de uma simpliscidade, de um carisma e de uma astral que ensina, que impulsiona qualquer um que lá visite. Fiquei tão ancabulada e feliz que esqueci de escolher e comprar meu chapeu e acreditem, ainda não o fiz (desde ontem) porque tô em dúvida aqui entre 4. Fui muito bem recebida por todos.O Durval e muito educado e prático, talentoso e batalhador. A noiva e fiel escudeira, além de linda é de uma simpatia e parece que está ali, junto com a mãe , dando todo o aparato para o artista que confecciona ele mesmo e mais ninguém, seus maravilhosos chapeis. Me arrependi de não ter tirado foto dele na máquina, trabalhando, criando...

Fizemos duas fotos e a minha cara de paspalha era porque eu perdi o jeito mesmo diante de tanta descontração e acolhimento. Enfim, estou a escolher agora (daqui pra amanhã resolvo qual comprarei)
Olha, quem estiver por São Paulo, pensando em ir ou já saindo, não deixa de ir conhecer a loja.Demora mais que eu, que estava tão encantada que achei pouco tempo. O preço é bacana, a qualidade é o acabamento perfeitos e cada um daqueles chapéus carregam sua própria personalidade. O Durval respeita tanto isso, segundo pude perceber, que ele faz mas deixa que fluam, sem interferir na essencia da peça. Porque é isso que são, peças de arte, pois únicas , exclusivas, dá vontade de comprar.Peças incriveis, que tem nas tramas e no momento do feitio, uma história bonita e particular, que vem da inspiração das músicas do momento e da mente brilhante de um grande e determinado artista.
O Du Eolic é mais uma dessas raras pessoas que não está aqui a passeio.
Obrigada Du! Agora além de um chapéu seu (que ainda estou a escolher pela net), acredito mais nos meus sonhos , graça a força de suas palavras e a constatação da sua realização.

Uma coisa é certa, toda vez que for a São Paulo, volto com chapéu novo.



E você , acredita no seu sonho? Pode confiar nas palavras do Chapeleiro. E visitar também, gente. hehehe!

A loja fica na Rua Fradique Coutinho, 1399 - Vila Madalena São Paulo -SP
Telefone: (11)3853 - 0420

Site: www.e-holic.com.br
Facebook : du e-holic

Peço mesmo aos amigos, não deixem de conhecer e conferir. A experiencia é maravilhosa.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Criatividade socioambiental a serviço da moda.


Olha que fofa... Te lembra alguma coisa?



Pois é. Exatamente isso: Um malote tratado, reutilizado e comercializado por mulheres de uma cooperativa de São Paulo. O resultado é essa bolsa bacana, transada , resistente que vai comigo onde vou. Custou R$ 44,00 na Projeto Terra e super valeu a compra, cabe tudoooo. Amando!






sexta-feira, 2 de março de 2012

"Consilium faciendo, facto adhibeto medelam."